quinta-feira, 18 de junho de 2009

II MOSTRA INTERESTADUAL DO AUDIOVISUAL PARAIBANO - PB/RJ

16/06/2009 – TERÇA – MANHÃ SALÁRIO DA MORTE – DIR: LINDUARTE NORONHA, FIC., 70’, 1970.
CRÍTICAS PUBLICADAS
Fogo, O Salário da Morte José Marcelino de Sousa Neto
Muitos ainda não puderam assistir a exibição do filme "Fogo, o Salário da Morte" dirigido pelo competente Linduarte Noronha. Trata-se do primeiro longa-metragem produzido no Estado, tendo sido rodado em Pombal. Uma obra de arte que deveria ser recuperada para a alegria de muitos pombalenses, principalmente os que ainda não puderam ver e admirar o trabalho já apreciado por um grande número de cinéfilos paraibanos.
Assisti-lo também foi um sonho acalentado por mim, até que o primo José Romero Araújo Cardoso, professor adjunto do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo PRODEMA da UERN, e assessor da Fundação Vingt-un Rosado/Coleção Mossoroense, residente em Mossoró (RN), conseguiu uma cópia e pude realizar este sonho. Importante seria que as gerações mais recentes conhecessem este trabalho cinematográfico paraibano e curiosamente, como bem me repassava o primo Romero, uma heróica produção local diante dos limitados recursos que se podia contar naquela época.
Realizado em 1970, tendo a produção da Cactus, empresa criada pelos competentes José Bezerra Sobrinho e W. J. Solha. Idealizado a partir do romance "Fogo" do escritor José Bezerra, falava sobre crimes de pistolagens ocorridos na região focado no drama de consciência de um matador (pistoleiro) interpretado pelo próprio W. S. Solha. Me encheu os olhos ver no filme importante elenco, composto por Balduíno Lelis, Margarida Cardoso, Ednaldo do Egito, Eliane Giardine (sobrinha de Solha tendo esta, com esse trabalho, estreado no cinema), além de uma série de atores e participantes locais. Não pára por aí a riqueza do filme, conta com a fotografia do veterano Manoel Clemente, a montagem de João Ramiro de Melo e como assistente de direção Jurandy Moura.
Sobre o filme, que na oportunidade fiz questão de assistir com a família, também mereceu destaque a trilha sonora, composta pelo maestro Pedro Santos, interpretada pela banda "Som Imaginário". Faço, daqui uma ressalva, procurei o amigo Galdino Mouta, na esperança de que pudesse gravá-la para mim mas infelizmente tomei conhecimento, que a trilha foi feita exclusivamente para o longa-metragem. É de fato uma pena. Na oportunidade, tomei conhecimento de que "Fogo, o Salário da Morte" foi concluído no final dos anos 70 (ano em que nasci) e que infelizmente em termos de bilheterias, em sua trajetória, não foi bem sucedido principalmente porque naquele tempo as pessoas não queriam mais ver filmes em preto e branco. Como se não
bastasse, o prejuízo tido pelos produtores foi incalculável, pois a obra nunca se pagou. Mas deixemos para traz o que não foi contabilizado no passado. A questão hoje poderia ser outra, não valeria a pena com recursos mais aprimorados e levando-se em conta a tecnologia presente, reeditar o filme que colocou o nosso estado no mapa cinematográfico e a cidade de Pombal na condição de cenário ideal? Muitos pombalenses, nordestinos e brasileiros ainda não conhecem o que eu não conhecia até então, antes da oportunidade concedida pelo primo José Romero Araújo Cardoso, acerca do ousado projeto cinematográfico intitulado "Fogo, o Salário da Morte". (*) José Marcelino de Sousa Neto. Historiador e radialista paraibano, natural de Pombal – PB
FONTE: http://www.marcoslacerdapb.hpg.ig.com.br/pombal/falando/art0015.htm
Um marco histórico 02 de dezembro de 2006
Mais de trinta e cinco anos depois de sua realização, "O Salário da Morte" - primeiro longa-metragem paraibano de ficção, 35mm, será lançado em DVD, na segunda-feira (4), às 21h, no Teatro Santa Rosa, durante festa organizada pelos idealizadores do filme, José Bezerra Filho e W.J. Solha.
O filme "O Salário da Morte", dirigido pelo cineasta paraibano, Linduarte Noronha, considerado um marco na história da cinematografia paraibana, foi telecinado para DVD através do patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura- FIC Augusto dos Anjos e da Saelpa/Celb. Na programação da noite, serão apresentados os depoimentos de W. J. Solha e José Bezerra Filho, de Linduarte Noronha e do crítico de cinema, Willis Leal. Um trailer e o "making of" do filme serão exibidos, realizado sorteios de dvd´s com a platéia, além de apresentações culturais do Quinteto Uirapuru, que executará a trilha sonora do filme, de autoria do maestro Pedro Santos; da soprano Ana Gouveia, do tenor Zé Bezerra da Paraíba e do espetáculo "Caminhos", do grupo Sem Censura Cia de Dança. A entrada é gratuita para os portadores dos convites, que estão sendo distribuídos por José Bezerra (contato: 3244-9800 e 3244 9818). No final dos anos 60, a Paraíba vivia a época do fazer cinematográfico, em razão do sucesso de alguns documentários produzidos por aqui, tendo como um dos grandes expoentes "Aruanda", do cineasta Linduarte Noronha. Foi nesta época que Zé Bezerra e W.J.Solha, dois funcionários do Banco do Brasil, da agência de Pombal (PB), conceberam a possibilidade de transformar em filme o romance "Fogo", de autoria do próprio Zé Bezerra. Uma missão bastante ousada para dois idealistas, sem know-how de produção cinematográfica, e queriam não apenas fazer o filme, mas montar uma indústria de cinema no Estado. Mas, segundo o próprio Zé Beberra, por um certo ciúme da elite pensante da capital e por influência do maestro Pedro Santos, o diretor Linduarte Noronha, que já havia concordado em dirigir o filme baseado no roteiro escritos pelos produtores, resolveu impor um novo ritmo à produção, fazendo um filme que eles queriam, com a participação de Jurandy Moura e Antônio Barreto Neto. O resultado foi uma película concebida no estilo "Nouvelle-Vague", que, de acordo com Zé Bezerra, era excelente para os críticos, mas péssimo para bilheterias. Filme gerou grande prejuízo financeiro na época Do romance "Fogo" só restou o nome dos personagens e certa semelhança com a espinha dorsal do enredo. W.J.Solha interpretou no "O Salário da Morte" um pistoleiro (copiado do famoso Joça de Cininha). A película foi o primeiro trabalho da atriz Eliane Giardini, hoje consagrada nacionalmente. O filme foi um enorme prejuízo financeiro, que Bezerra saldou, paradoxalmente, com teatro, percorrendo a Paraíba com peças como "Zé Limeira, o Poeta do Absurdo" e "Zebra, do Primeiro ao Quinto".
Hoje, passados mais de 35 anos, José Bezerra Filho diz enxergar " O Salário da Morte" com outros olhos, aprendendo a respeitá-lo como um marco histórico da cinematografia paraibana. Ele diz ter aprendido a entender que Linduarte Noronha, com uma formação em documentários e sem experiência em longa-
metragem e filme de ficção, não poderia ter realizado algo melhor. E percebeu, também, que Pedro Santos, mesmo tendo composto a excelente trilha sonora do filme, tinha uma relação equivocada do que seria uma produção destinada a sucesso de bilheteria. "Mesmo legislando em causa própria, não podemos deixar de destacar o respeito que este filme merece, como símbolo do heroísmo de dois produtores, que, com coragem e determinação, mostraram ser possível fazer na Paraíba o que parecia impossível naquela época - realizar um longa-metragem e ainda sem qualquer recurso ou incentivo oficial", conclui José Bezerra. Luiza Franco, http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=3810&Itemid=35 POMBALENSES TÊM PROJETOS CULTURAIS APROVADOS PELO FUNDO DE INCENTIVO CULTURAL AUGUSTO DOS ANJOS 10.10.2005 - Pombal(PB) A Secretária Executiva de Cultura, Cida Lobo, anunciou nesta segunda feira(03out2005), os projetos que deverão ser contemplados com recursos do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos(FIC). No universo de 264 inscritos foram selecionados 48, dentre os quais a telecinagem de DVD e prensagem do filme "O Salário da Morte", primeiro longa-metragem genuinamente paraibano. "O salário da morte", dirigido pelo saudoso cineasta Linduarte Noronha, foi baseado no romance "Fogo!", de José Bezerra Filho. Rodado totalmente em Pombal, durante o ano de 1970, que além de contar em seu elenco com muitos pombalenses, a exemplo de Horácio Freitas, que teve um desempenho excelente, também revelou estrelas hoje conhecidas nacionalmente como o próprio autor Jose Bezerra Filho, e os atores WJ Solha e Eliane Giardine, que atualmente desempenha o papel da viúva Neuda, na novela global "América". Além de "O Salário da Morte", mais três projetos relacionados a Pombal foram selecionados e deverão também ser contemplados com recursos do Fundo de Incentivo a Cultura. Rivaldo de Araújo Dias foi o autor do projeto "JP Sax Dez anos", propositura que contempla o grupo musica JP Sax , que tem como um dos integrantes o músico pombalense José de Arimatéia Formiga Veríssimo, mais conhecido entre nós com Teinha de Ribinha. FONTE: http://www.obeabadosertao.com.br/v3/coluna_exibe.php?col2=12&col3=cid&col4=12
Aonde me levou mais um equívoco por Luiz Carlos Merten, Seção: Cinema, Atualidades 13:49:49. 25.03.07
Lá venho eu com minhas desculpas. Sorry, mas assim como muitos de vocês eu também acho graça em muitos de meus equívocos ou atos falhos. Ontem, cometi mais um. Postei que estava indo correndo ao CCBB para ver o documentário Hércules 56, de Sílvio Da-Rin, no É Tudo Verdade. Quebrei a cara. Era no Centro Cultural São Paulo, mas não posso me queixar. Espero que os leitores também não se queixem se, algum, por acaso, atraído pelo blog, tiver feito o mesmo caminho. Acho que terei outras oportunidades de ver o filme do Sílvio. O que vi é mais raro – O Salário da Morte, único longa de Linduarte Noronha, sobre pistoleiros de aluguel. Não teria visto, se não tivesse errado o endereço. Entrei correndo, nem conferi qual era o filme. Mas, de cara, aquela paisagem, a aridez da fotografia em preto-e-branco, vi que o programa era outro. Não sou o maior conhecedor do mundo nem de Linduarte Noronha nem da própria escola paraibana de cinema. Conheço Aruanda, claro. assisti aos filmes de Vladimir Carvalho na Paraíba, reconheço a importância de uns e outros, mas nunca fui fundo na investigação do cinema paraibano. Acho Aruanda muito interessante, mas é um tipo de documentário reconstituído, na verdade um cinema documentado, que às vezes me causa estranheza. É tudo tão detalhista e verídico e, no entanto, há ali um artifício. Muito perturbador. O Salário da Morte é ficção ou documentário? A mesma pergunta terá de ser feita quando estrear Serras da Desordem, de Andrea Tonacci, que trafega nas bordas de ambos (embora seja mais ficção). O Salário da Morte tem muita coisa ruim, ou mal encenada – as cenas de luta, a cena de sexo. Mas eu achei o rigor estilístico de Linduarte uma coisa viscontiana, com planos da paisagem nordestina, filmados em PB, que me fizeram lembrar La Terra Trema. A mãe em primeiro plano e o pistoleiro ao fundo, e no alto, recortado nas sombras da janela, Linduarte viu o clássico de Visconti, ora se viu. Ele também viu os filmes documentados de Francesco Rosi nos anos 60. Sua visão do Nordeste dos coronéis e dos pistoleiros tem algo do imobilismo da Sicília de Rosi em O Bandido Giuliano. Não acho que O Salário seja tão bom. A filha mordendo o lábio de nervosa, enquanto o irmão briga na feira, me fez lembrar, pelo ridículo, Mary Terezinha nos filmes que Teixeirinha fazia, na época (1970), lá no Rio Grande do Sul. A concepção política, de tão esquemática, fica ingênua, mas gostei de ver este filme ao qual me levou o acaso. No final, tenho de agradecer ao meu equívoco. E
achei muito irônico o final. O filho que chega tarde demais, quando a tragédia já se consumou, é caminhoneiro. Transporta combustível. No caminhão-tanque está escrito bem grande – inflamável. Ele acende um cigarro e se encosta no veículo, para fumar. A platéia riu. Não é um deslize da direção. Inflamável é a situação que um filme como O Salário da Morte documenta.
Comentários:
Comentário de: Renato [Visitante] · http://minhavidadecinefilo2.zip.net 26.03.07 @ 09:54
Mentira que você viu 'O Salário da Morte', Merten! Pois minha namorada, aqui em João Pessoa, está fazendo um vídeo-documentário, para a conclusão do curso de jornalismo, sobre as filmagens. Elas aconteceram em Pombal, cidade há seis horas da capital - e não só isso, mas o filme foi produzido lá, por moradores da cidade. O pessoal local contribuiu do próprio bolso! E você viu que mocinha mordendo o lábio é a Eliane Giardini? Foi a estréia dela como atriz - ela é sobrinha de um dos produtores.
Comentário de: W. J. Solha [Visitante] 26.03.07 @ 10:54
Bravo, Merten. Finalmente o filme foi visto por você... e pelo Sul. Bem, como já lhe foi dito, o lance original de O Salário da Morte foi sua produção: toda paraibana, toda de uma cidadezinha do alto sertão paraibano - Pombal - onde o filme é rodado. Sou tio de Eliane Giardini, que tem no Salário sua primeira investida na arte de representar (pois nem teatro fazia na época). No filme eu sou o pistoleiro que fica lá no sótão. Quando montávamos a produção, eu estava designado para fazer parte da família que acoita (esconde) o pistoleiro, porque o autor do livro em que o filme se baseia - José Bezerra Filho - era meu colega de Banco do Brasil e meu vizinho, lá em Pombal, e me descreveu como seu personagem Gedeão, quando escrevia o romance. Precisávamos de alguém para ser minha irmã e acabei sugerindo um teste com minha sobrinha... e lá foi ela, de Sorocaba para a Paraíba, tentar a sorte, na qual se deu bem. Você deve ter visto um curta muito premiado - "A Canga" - dirigido por Marcus Vilar, de 2001, baseado num trecho de um romance meu, homônimo. Eu faço o velho que pôe os filhos sob a canga e mete o chicote neles, na nora e na mulher, para plantar, apesar da seca. Sou autor de "História Universal da Angústia" (editora Bertrand Brasil), indicado, em 2006, para o Jabuti, e Prêmio Graciliano Ramos, concedido pela UBE do Rio, que, no ano anterior, me concedeu o Prêmio João Cabral de Melo Neto pelo poema longo "Trigal com Corvos", publicado pela Palimage, de Portugal. O filme me deu um tremendo de um prejuízo (pois fui o maior acionista da empresa Cactus Produções Cinematográficas Ltda), o que nos impediu de levar o sonho cinematográfico em frente. Mas valeu... a experiência.
Comentário de: Ana Maria Costa [Visitante] 09.12.08 @ 09:14
Olá, Merten: Ótimo quando aparece um filme do nada, de ym diretor quase desconhecido: aí o crítico pode criticar. Quanto a "Romance" de Guel Arraes, fica apenas resumido no "Fernando Meirelles gostou..." ou comentário semelhante. Infelizmente, é isso aí... Ana Maria Costa
Comentário de: Stephany [Visitante] 14.12.08 @ 02:40
Pela sua crítica ao filme "O salário da morte", Merten, você tem que assistir ao documentário "Lição de Fogo" de Larissa Claro, citada no primeiro comentário. Lá tem tudo sobre a história da produção do longa. E inclusive é um curta bem engraçado.
LIÇÃO DE FOGO – DIR: LARISSA CLARO – DOC., 40’, 2007
CRÍTICA PUBLICADA
Documentário sobre o filme Salário da Morte será lançado neste sábado (19), às 19h no Fenart. Em 1969, dois bancários da cidade de Pombal, no sertão da Paraíba, investiram tudo o que tinham para a produção do primeiro longa-metragem de ficção do estado: O Salário da Morte, que viria a ser dirigido por Linduarte Noronha, o celebrado autor do curta-metragem Aruanda. Esta história é recontada no documentário em média-metragem Lição de Fogo, de Larissa Claro, que será lançado neste sábado, às 19h, no Cine Bangüê, abrindo a mostra de vídeo do Festival Nacional de Arte (Fenart). A entrada é franca.
Com roteiro da própria diretora e do jornalista e crítico de cinema Renato Félix, Lição de Fogo ouve os principais envolvidos na produção de O Salário da Morte: os produtores José Bezerra Filho e W.J. Solha e o diretor Linduarte Noronha, além de Eliane Giardini, que estreou como atriz neste filme, quando ainda era adolescente – e hoje está no primeiro time da televisão brasileira. Também dão depoimentos os críticos Wills Leal e João Batista de Brito. A história da produção de O Salário da Morte está recheada de polêmicas, sobretudo com relação ao roteiro do filme e seu final "difícil". É exatamente o desfecho costuma ser apontado como o motivo para o fracasso comercial do filme. Os conflitos entre o desejo de sucesso comercial e a busca intelectual da arte, mais em dia do que nunca naqueles anos 1960, acabaram sendo um símbolo da aventura dessa filmagem. No documentário, Solha – hoje escritor, ator e artista plástico – e o escritor e dramaturgo Bezerra lembram como conseguiram reunir o financiamento para o filme com a ajuda da população da cidade, que colaborou com cotas. Também são comentadas em detalhes as mudanças que o roteiro sofreu e os motivos do mau desempenho comercial do filme – e as várias lições duramente aprendidas por todos.
Lição de Fogo foi produzido como projeto de conclusão do curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba e foi exibido em dezembro para a banca examinadora (que concedeu nota máxima ao trabalho).
A exibição deste sábado (19) é a primeira para o grande público. A produção também é de Larissa Claro, que nasceu em Pombal, cidade onde a história se passa.
A narração é de Danielle Huebra. A edição é de Ely Marques e Alfredo Leal. E, na câmera, estão Lúcio César, João Carlos Beltrão, Marcelo Coutinho, Renato Félix e Diego Benevides. Atualizado em ( 24-Mar-2009 )
16/06/2009 - TERÇA – NOITE CORAGEM, MULHER (PB) - DIR: MISLENE SANTOS – DOC., 20', 2008.
Sinopse - Segundo a organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. Para dar mais segurança às mulheres, em agosto de 2006 foi criada a Lei Maria da Penha. Após a criação da Lei, aumentaram as denúncias, mas ainda não cessaram as agressões. Quem passou pela violência doméstica, traz marcas físicas e psicológicas que o tempo não apaga. Como se sentem essas mulheres? Onde estão os autores das agressões? Como são tratadas as mulheres que reagiram aos seus agressores? Estes questionamentos constroem a narrativa de 'Coragem Mulher', que expõe e repercute o drama de quem viveu a violência doméstica. INFORMAÇÕES TÉCNICAS Direção: Mislene Santos - Produção e Pesquisa: Mislene Santos e Christine Ferreira Roteiro: Mislene Santos e Christine Ferreira - Edição: Mislene Santos e Christine Ferreira Finalização: Neto Oliveira e André Canibas - Animação: Neto Oliveira Câmeras: José de Arimatéia, Flodoaldo Lisboa, Matheus Andrade e Sebáh Possidônio. Contatos: Mislene Santos: 88016500 (mislenemsantos@yahoo.com.br ou mislenemsantos@gmail.com) e Christine Ferreira: 88144415 CRÍTICAS PUBLICADAS
Fonte http://www.joaopessoa.pb.gov.br/noticias/?n=9348
Vídeo paraibano é selecionado para Festival de Cinema no MT
10h49 22/10/2008 O documentário 'Coragem Mulher', das jornalistas Mislene Santos e Christine Ferreira, foi selecionado para o IV Festival de Cinema Feminino Tudo Sobre Mulheres, que acontece de 10 a 14 de dezembro, na Chapada do Guimarães-MT. O vídeo foi lançado no último dia 7de outubro, no Teatro Santa Roza, em João Pessoa. 'Coragem Mulher' participou de uma pré-seleção, que incluiu trabalhos de todo o país,na qual foram selecionados para mostra competitiva apenas cinco documentários. Concorrerão nesta categoria: 'Eu Sou Homem', 'Memórias Clandestinas', 'Emoções em Paquetá', 'Povo Marcado' e 'Coragem Mulher'. O documentário começa a trilhar os caminhos dos festivais de vídeo do calendário brasileiro. Na última sexta-feira, 'Coragem Mulher' recebeu o prêmio de melhor edição no III Jampa Vídeo Festival, que aconteceu no Sesc-JP. "É muito gratificante ver um trabalho sendo divulgado e premiado. Estou feliz com o prêmio de melhor edição e também com essa seleção para o 'Tudo Sobre Mulheres'. O documentário passou por uma triagem com produções de todo o Brasil para estar no Festival de Cinema. Para mim está entre os cinco documentários selecionados já é uma grande vitória", destacou a diretora do documentário Mislene Santos. Mislene Santos já participou do 'Festival de Cinema Tudo Sobre Mulheres' no ano de 2006 e conquistou o prêmio de Melhor Produção Nordestina, com o documentário 'Uma Flor na Várzea', vídeo sobre a sindicalista Margarida Maria Alves, feito em pareceria com Matheus Andrade. Violência doméstica - Para Christine Ferreira, casos de violência doméstica, infelizmente, fazem parte do noticiário diário. "Coragem Mulher é mais uma voz, mais um instrumento no combate a este tipo de violência. Esperamos que o retorno deste trabalho venha, tanto na forma de reconhecimento pela sua qualidade, como também pela absorção de sua mensagem. E que seu resultado seja mais mulheres buscando seus direitos", disse. 'Coragem Mulher' narra, durante 20 minutos, os dramas de mulheres que sofreram durante anos com a violência doméstica, sendo agredidas, torturadas, estupradas e que, por muito pouco, não perderam a vida, mas que levarão para o resto de suas vidas as marcas físicas e psicológicas da violência.
O documentário traz o 'Caso Rosângela', como ficou conhecida a história da funcionária pública Rosângela Silva, que foi presa depois de ter sido torturada pelo seu companheiro, um cabo da Policia Militar, durante cinco horas dentro de um carro. Weruska Medeiros também está presente no 'Coragem Mulher' e conta como se sente dois anos depois que seu ex-companheiro ateou fogo em seu corpo. Após seis horas de muita violência física, psicologia e sexual uma das entrevistadas narra que foi salva da morte pelo choro do seu filho. O vídeo ainda conta a história de 'Vó', 78 anos, acusada de ser mandante do assassinato do seu companheiro. Ela está presa, mas jura inocência. Gorete Guedes e Elisângela Guedes, mãe e filha, tiveram um só destino: foram presas por terem assassinado o chefe da família. O documentário conta, ainda, com os depoimentos de representantes dos principais órgãos que trabalham em defesa das mulheres, a exemplo da ONG Centro da Mulher 8 de Março, do Centro de Referência da Mulher e da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM), órgão da Prefeitura de João Pessoa. "Coragem Mulher" será lançado no Santa Roza nesta terça Terça, 07 de Outubro de 2008 08h28 O documentário "Coragem Mulher", dirigido por Mislene Santos com roteiro de Christine Ferreira, será lançado nesta terça-feira, dia 7, às 20 horas, no Teatro Santa Roza, na Praça Pedro Américo, no Centro Histórico de João Pessoa. O filme mostra que a violência doméstica está presente na sociedade e vem sendo apresentada, em toda mídia, quase que diariamente. "As mulheres, independente da classe social, são alvos de companheiros, alcoólatras, dependentes químicos, ciumentos e inseguros, que utilizam da força para intimidar suas companheiras", ressalta a diretora. Mislene e Christine informam que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. "Esse tipo de violência é a terceira causa de morte entre mulheres no país", destacam. O Portal da Violência Contra a Mulher, por sua vez, informa que, a cada cinco anos, a mulher perde um de vida saudável se ela sofre violência doméstica. Um em cada cinco dias de falta ao trabalho no mundo é causado pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas. "Coragem Mulher" narra, durante 20 minutos, os dramas de quem sofreu anos com a violência doméstica, sendo agredida, torturada, estuprada e que por muito pouco não perdeu a vida, mas que levará para as marcas físicas e psicológicas da violência para resto de suas vidas. O documentário, de acordo com as diretoras, narra a história do "Caso Rosângela", como ficou conhecida a história da funcionária pública Rosângela Silva, que foi presa depois de ter sido torturada pelo seu companheiro, um cabo da Polícia Militar, durante cinco horas dentro de um carro. Outra vítima da violência, Weruska Medeiros, está presente em "Coragem Mulher" e conta como se sente dois anos depois que seu ex-companheiro ateou fogo em seu corpo. Em outro caso, após seis horas de muita violência física, psicológica e sexual uma das entrevistadas narra que foi salva da morte pelo choro do seu filho. Acusada de ser mandante do assassinato do seu companheiro violento, "Vó", com 78 anos, está presa, mas jura inocência. Gorete Guedes e Elisângela Guedes, mãe e filha, e um só destino: presas por terem assassinado o chefe da família. O documentário traz ainda os depoimentos de representantes dos principais órgãos que trabalham em defesa das mulheres, a exemplo do Centro da Mulher 8 de Março, Centro de Referência da Mulher e Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres. Segundo Christine Ferreira, este tipo de produção é fundamental, não só pela relevância, mas também por possibilitar que o vídeo seja utilizado como uma fonte de pesquisa, cumprindo sua função social. Mislene Santos, por sua vez, diz que ouviu de algumas pessoas que esse tema é "feijão com arroz" ou "mamão com açúcar", mas ela acredita que enquanto a violência doméstica freqüentar quase que diariamente os noticiários e as manchetes dos jornais ele será assunto da ordem do dia.
FONTE: http://www.violenciamulher.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1689:video-documentario-paraibano-ganha-mencao-honrosa-no-mt-paraibacom-191208&catid=13:noticias&Itemid=7
VÍDEO-DOCUMENTÁRIO PARAIBANO GANHA MENÇÃO HONROSA NO MT -PARAÍBA.COM 19/12/2008 O vídeo-documentário 'Coragem Mulher', criado, produzido e dirigido pelas jornalistas Mislene Santos e Christine Ferreira, recebeu, na noite do domingo (14), 'Menção Honrosa' no IV Festival de Cinema Feminino - Tudo Sobre Mulheres, que aconteceu na semana que passou em Chapada dos Guimarães (MT). O filme tem o apoio de órgãos vinculados à Prefeitura de João Pessoa(PMJP), como a TV Cidade de João Pessoa, Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM) e Centro de Referência da Mulher. O documentário, exibido em praça pública, foi um dos mais aplaudidos pelo públicodo festival. O reconhecimento da qualidade do trabalho também veio por parte dos cineastas e produtores de audiovisual presentes ao evento. De acordo com a diretora de 'Coragem Mulher', Mislene Santos, esse reconhecimento é gratificante, "pois o documentário tem uma abordagem forte sobre a violência doméstica e denuncia a impunidade para esse crime". Contribuição – Ele revelou sua felicidade em ser contemplada com o prêmio, pois está conseguindo alcançar o objetivo traçado para esse documentário, que é o de exibir para o maior número de pessoas na tentativa de contribuir para o combate à violência doméstica. "Receber os parabéns do homenageado do Festival, o cineasta Hermano Penna, e o incentivo para continuar trabalhando com audiovisual para mim foi muito importante", destacou Mislene Santos, que já participou do Festival Tudo Sobre Mulheres no ano de 2006, tendo conquistado o prêmio de 'Melhor Produção Nordestina' com o documentário 'Uma Flor na Várzea', vídeo sobre a sindicalista Margarida Maria Alves, feito em pareceria com Matheus Andrade. 'Coragem Mulher' exibe durante 20 minutos, os dramas de mulheres que sofreram anos com a violência doméstica, sendo agredidas, torturadas, estupradas e que por muito pouco não perderam a vida, mas que levarão para as marcas físicas e psicológicas para o resto de seus dias. Casos– O documentário narra, por exemplo, a história do 'Caso Rosângela' como ficou conhecida a história da funcionária pública Rosângela Silva, presa depois de ter sido torturada pelo seu companheiro, um cabo da Polícia Militar, durante cinco horas dentro de um carro. Outra vítima presente em 'Coragem Mulher' é Weruska Medeiros, que conta como se sente dois anos depois que seu ex-companheiro ateou fogo em seu corpo. Com 78 anos e acusada de ser a mandante do assassinato do seu companheiro violento 'Vó', ela está presa, mas jura inocência. Também tem no vídeo uma narrativa sobre Gorete Guedes e Elisângela Guedes, mãe e filha e um só destino, presas por terem assassinado o chefe da família. Apoios– O documentário conta ainda com os depoimentos de representantes dos principais órgãos que trabalham em defesa das mulheres, a exemplo do Centro da Mulher 8 de Março, Centro de Referência da Mulher e Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres. 'Coragem Mulher' tem o apoio da TV Cidade João Pessoa, Centro de Referência da Mulher, Centro da Mulher 8 de Março, Coordenaria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM) Decom-Tur, UFPB, CCHLA, Gráfica JB, Agência 9Idéia e Almeida Livraria.
---Publicado pelo Paraiba.com (João Pessoa/PB), 19/12/08.
DEBAIXO DOS LENÇÓIS – MABEL DIAS, LILA SANTOS, BETHÂNIA MARIA – DOC, 20, 2008
(Foto: Júlio Vieira)
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A jornalista e ativista MABEL DIAS vem se destacando no cenário do audiovisual paraibano, na temática do universo feminino, desmascarando o moralismo machista e a discriminação sócio cultural que mulheres de todas as profissões submetem-se . Em ¨DEBAIXO DOS LENÇÓIS¨, documentário que retrata a história de famosos cabarés pessoenses , em parceria com as Produtoras Independentes , LILA SANTOS e BETHÂNIA MARIA, estreantes, convidam para o lançamento que será exibido ao público paraibano, 28 de agosto de 2008,às 19:00hs no mine auditório do SESC centro, Rua Desembargador Souto Maior. No dia 15 de abril de 1950, a Rua Maciel Pinheiro, Centro Histórico de João Pessoa estava num alvoroço tremendo.Aglomeravam-se na porta da casa de número 66, centenas de homens e mulheres para participar da inauguração da casa noturna de uma das mais conhecidas e queridas mulheres da noite pessoense, Hosana aquela que recebia os clientes mais ricos e poderosos da província. Para inaugurar seu estabelecimento foi convidado, nada mais nada menos, que o cantor Nelson Gonçalves, chamado ao palco pelo Governador da época Oswaldo Trigueiro. Esta é apenas uma das histórias que serão retratadas no vídeo documentário ¨Debaixo dos Lençóis¨. A proposta de realizar um documentário que abordasse as histórias dos cabarés da cidade de João Pessoa e de alguns de seus personagens surgiu depois das produtoras participarem de atividades promovidas por artistas da cidade , como o músico Chico Viola e o fotógrafo Ricardo Peixoto, ali mesmo na Rua da Areia, palco de inúmeros acontecimentos envolvendo nomes bastante conhecidos da sociedade pessoense, seja das artes, da política, do judiciário, e do jornalismo. A partir dos eventos do ¨Conspiração Cultural¨, dentre eles, o ¨Somos o que Somos¨, que acontece no dia 02 de setembro de cada ano - onde se celebra o Dia Internacional da Prostituta.Tivemos a inspiração do título do vídeo - documentário ¨Debaixo dos ¨Lençóis¨ numa conversa informal e seu significado é bastante interessante , explica Lila. A idéia de gerir um vídeo que retratasse a vivência das DAMAS dos cabarés, suas casas e seus clientes famosos foi amadurecendo. Inspiradas na pesquisa do livro ¨Nos Tempos do Pedro Américo¨ - do médico Paulo Soares, relatos vivenciados pelo jornalista e historiador acadêmico Wills Leal, jornalista Biu Ramos, mémoria viva das redações dos períodicos paraibanos e do professor de fotografia ,cinema e comunicação , o históriador Arion Farias , assim como do própio Paulo Soares, entrevistados , dndo seus depoimentos no vídeo, s cineastas descobriram que muitos acordos políticos e conspirações eram relizadas ali mesmo no cabarés. ¨ Desvendamos verdades que se mantiveram cobertas pelo moralismo pessoense, protegidas pelas paredes dos quartos dos bordéis...¨ Este é o primeiro voo profissional de Lila e Bethânia. Enquanto a veterana Mabel, destaca entre os seus vídeos , o ¨Anayde Beiriz¨ - Uma Mulher Independente , retrata a vida da poetisa e professora paraibana e de seu relacionamento sentimental com o advogado João Dantas, desafeto de João Pessoa. Como produção independente , foi difícil produzirmos esse vídeo, a maior parte do investimento veio do própio bolso poucos recursos , tivemos apoio da UFPB - Universidade Federal da Paraíba, através do DECOM/TUR.
FONTE: http://www.db.com.br/noticias/?89621
Vídeo documentário retrata história de famosos cabarés de JP No dia 15 de abril de 1950, a rua Maciel Pinheiro, Centro de João Pessoa, estava em um alvoroço tremendo. Aglomeravam-se na porta da casa de número 66 centenas de homens e mulheres para participar da inauguração da casa noturna de uma das mais conhecidas e queridas mulheres da noite pessoense. O nome dela era Hosana. E, para inaugurar o estabelecimento, foi convidado, nada mais nada menos, que o cantor Nelson Gonçalves. O artista foi chamado ao palco pelo governador da época, Oswaldo Trigueiro. Esta é apenas uma das várias histórias que serão retratadas no vídeo-documentário "Debaixo dos Lençóis", das produtoras independentes Bethânia Maria, Lila Santos e Mabel Dias, que será lançado nesta quinta-feira (28), às 19h, no mini-auditório do SESC-Centro. "Como produção independente, tem sido difícil realizar o vídeo. Os apoios são poucos e a maior parte do investimento vem do bolso da gente mesmo", observou Bethânia Lira. "Apenas a UFPB, através do DecomTur (Departamento de Comunicação Social e Turismo), além da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), através da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM), estão apoiando a iniciativa", comentou. A proposta de realizar um documentário que abordasse as histórias dos cabarés da cidade de João Pessoa e das respectivas proprietárias surgiu depois que as videastas participaram de atividades promovidas por artistas da cidade como o músico Chico Viola e o fotógrafo Ricardo Peixoto. Os encontros aconteceram ali mesmo, na rua da Areia, palco de inúmeros acontecimentos envolvendo nomes bastante conhecidos da sociedade pessoense, ligados a arte, política, judiciário e jornalismo. O amadurecimento de gerir um vídeo que retratasse a vivência das damas dos cabarés, suas casas e seus famosos clientes foi acontecendo também a partir de eventos do grupo Conspiração Cultural – dentre eles, o "Somos o que somos", que acontece no dia 2 de julho de cada ano, quando é celebrado o "Dia Internacional da Prostituta" - Este é o primeiro vídeo profissional da vida das meninas. Apenas Mabel Dias já produziu vídeos, dentre eles, "Anayde Beiriz – uma mulher independente", que fala da vida da poetisa e professora paraibana Anayde Beiriz, abordando também o relacionamento dela com o advogado João Dantas. FONTE: http://www.db.com.br/noticias/?87967 Documentário paraibano "Debaixo dos Lençóis" será lançado no Sesc Quinta, 28 de Agosto de 2008 13h30 O Sesc-PB realiza, nesta quinta-feira, dia 28, às 19 horas, o projeto Vídeo-Lançamento, em que será exibido na estréia o documentário vídeo Debaixo dos Lençóis, dirigido por Mabel Dias, Lila Santos e Bethânia Lira. Debaixo dos Lençóis é um vídeo-documentário que retrata a história de cabarés pessoenses e dos personagens que fazem parte desta história, que protagonizaram acontecimentos marcantes desde a década de 30 até a década de 70, época que marca o fim dos sofisticados cabarés da pacata João Pessoa, sobretudo da rua Maciel Pinheiro. Segundo uma das diretoras, Mabel Dias, o vídeo pretende contar as histórias, exaltações e o que acontecia nesse mundo dos cabarés: "Tivemos a idéia de montar esse vídeo a fim de descobrir e revelar as histórias debaixo dos lençóis, as histórias que não podiam mais ficar escondidas", revela. Sobre a idéia de realizar o projeto, ela afirma que a proposta partiu das diretoras, que foram direcionando o documentário até o final: "A proposta surgiu a partir do momento em que a gente freqüentava alguns eventos na rua da Areia, e veio a curiosidade de saber o que acontecia lá, quem freqüentava, e fomos conversando com algumas pessoas. Encontramos alguns livros que ajudaram, além da nossa curiosidade", afirma.
Já em relação às dificuldades encontradas, Mabel comenta: "Foram dois anos difíceis de projeto, enfrentamos muitos percalços no caminho. Por ser um vídeo independente, tivemos que bancar toda a parte financeira, o figurino, maquiagem, etc, mas o resultado está aí, e é muito positivo", comenta.
O vídeo traz ainda entrevistas do jornalista Wills Leal, dos fotógrafos Arion Farias e Ricardo Peixoto, do médico Paulo Soares e do filho da travesti Marlene, Webston Fernandes, dono de um dos bares mais conhecidos da Maciel Pinheiro. O Vídeo-Lançamento é desenvolvido pelo projeto CineSesc, do Serviço Social do Comércio da Paraíba, através do Setor de Cultura da Unidade do Sesc Centro. O vídeo será exibido no Mini-Auditório da unidade, localizado no segundo andar do prédio, na Rua Desembargador Souto Maior, 281, Centro. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (83) 3208-3158.
FONTE: http://maycirilobrazil.spaces.live.com/blog/cns!80610C9AE0EA91E8!770.entry








EU MARCHAREI NA TUA LUTA – DIR: RENATA ESCARIÃO - DOC., 26’, 2009.
Documentário sobre vida na Residência Universitária Feminina da UFPB




CRÍTICAS PUBLICADAS
Por Taisa Dantas 27-Mai-2009
Uma casa que abriga sonhos e o reconhecimento da busca por melhores condições de moradia, respeito e dignidade, este é o argumento do vídeo documentário "Eu marcharei na tua luta", que será lançado nesta quinta-feira (28) às 19h30, na própria locação do vídeo, a Residência Universitária Feminina Elizabete Teixeira (RUF I), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) localizada na Diogo Velho, 231, no Centro de João Pessoa.
Dirigido pela jornalista Renata Escarião, o documentário é construído a partir das falas de personagens que viveram as mais distintas fases do ambiente que desde a década de 60 abriga estudantes UFPB que não possuem residência em João Pessoa, e no ano de 2004 viveu um dos momentos mais significantes da sua história, a luta pela reforma. Um ambiente sem estrutura adequada, em verdadeiro estado de abandono, com problemas hidráulicos, elétricos e por muitas vezes superlotado, essa realidade foi vivida durante muitos anos pelas residentes da RUF. Aliado a isso, preconceito e várias situações de discriminação sofridas pelas residentes, uniram as estudantes que iniciaram as reivindicações pela reforma estrutural da casa e pelo respeito àqueles que vivem nas residências universitárias. "Este foi um momento muito marcante, pelo sentimento de justiça que nos moveu, pelas dificuldades que passamos durante todo o processo e ainda mais pelo sentimento de dever cumprido quando, depois de muita luta, conquistamos a reforma e melhoramos as condições de vida de todas as meninas", comentou Renata Escarião, que além de dirigir, elaborou o roteiro a partir da sua vivência como uma das estudantes residentes e envolvidas na luta pela reforma. Segundo Renata Escarião este também foi um momento histórico porque pela primeira vez mulheres ocuparam a reitoria da UFPB e exigindo reconhecimento, conseguiram fazer com que a cultura de desrespeito e descaso com moradores da residência universitária acabasse. Toda essa movimentação política, de lutas intensas, são relembrados por meio dos depoimentos de quem viveu esse momento. Em meio a isso também é mostrado no vídeo "Eu marcharei na tua luta" o dia a dia de quem mora na residência universitária e ainda relatos de quem já passou por lá e sem dúvidas percebe a importância daquele espaço para centenas de estudantes que já moraram na RUF I. "Eu marcharei na tua luta" é o primeiro trabalho da jornalista Renata Escarião na área do audivisual e se divide entre um diário de quem já compartilhou dos dramas e das alegrias de residir na RUF I e de como jornalista fazer o registro de momentos marcantes para os estudantes da UFPB. "Eu costumo dizer que não nasci pra ser cineasta porque os meus objetivos foram mais políticos que cinematográficos para realizar esse trabalho. A nossa luta foi muito maior que a reivindicação de uma estrutura melhor para morar, foi uma luta por respeito que buscou chamar a atenção da sociedade para a importância de continuar defendendo uma universidade pública e uma política de assistência estudantil que dê reais condições do estudante se manter na universidade. Graças aquela casa eu realizei sonhos. Graças a nossa luta muitos ainda podem continuar sonhando", enfatizou Renata Escarião.
Eu marcharei na tua luta - Após a reforma, terminada em 2007, a residência ganhou o nome da líder camponesa Elizabete Teixeira, que lutou ao lado de João Pedro Teixeira na época da ditadura. O nome é um reconhecimento da luta desempenhada pelas moradoras da casa.
O titulo do documentário é uma frase de Elizabete Teixeira dita ao marido no momento da sua morte: " 'Eu marcharei na tua luta' sempre teve grande significado para todas as meninas que participaram da luta pela manutenção e melhoria da RUF I e que tomaram a casa como a causa pela qual marcharam e pela qual muitas outras continuarão marchando', explicou Renata Escarião. FONTE: WWW.RODRIGO13.COM

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